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HISTÓRIAS DE SUCESSO
UM NOVO AMANHECER, A HISTÓRIA DE QUEM JÁ DORMIU NA RUA
Carlos João José Batista, 36 anos, natural da Guiné-Bissau, servente de pedreiro, veio para Portugal
Carlos João José Batista, 36 anos, natural da Guiné-Bissau, servente de pedreiro, veio para Portugal com o sonho de encontrar uma vida melhor.
Em Portugal reencontrou a sua atual companheira, Quinta Cá, com quem constituiu família, de onde nasceram Samuel João Batista de 4 anos e Eunice João Cá Batista de 2 anos.
Quinta Cá, 27 anos, natural da Guiné-Bissau veio para Portugal fugida da guerra que ainda assombra Africa, onde foi vítima de uma explosão que lhe causou vários ferimentos graves. Por consequência da explosão, Quinta Cá foi internada de urgência em Portugal, no Hospital de Carcavelos, onde lhe foi amputada uma perna e reconstituída a outra.
Carlos Batista, Quinta Cá e seus filhos viviam em Évora, no Bairro de Santa Maria, numa casa arrendada composta por um quarto, uma cozinha, sala e uma casa de banho, se assim se pode chamar, uma vez que continham apenas uma sanita e um lavatório. A casa encontrava-se bastante degradada, sem as mínimas condições de habitabilidade e vulnerável ao frio e à chuva. As janelas da habitação não possuíam vidros que protegessem a família do frio e de todas as alterações climatéricas.
Apesar da degradação da casa onde viviam, Carlos Batista e Quinta Cá pagavam 125 Euros de renda. Apenas Carlos Batista trabalha e contribui para a alimentação dos seus filhos. Quinta Cá sofre agora as consequências do acidente que sofreu em Africa e que condicionaram a sua mobilidade e a sua aptidão para trabalhar.
Para além destas dificuldades, esta família encarou ainda um desentendimento com a senhoria que os obrigou a abandonar a casa.
De um momento para o outro esta família deixou de sonhar e teve como único teto as estrelas que brilhavam no céu.
Carlos Batista e a sua família dormiram dois dias na rua, debaixo das arcadas dos Correios, sem comer, sem tomar banho, expostos ao frio e ao calor.
Foi então que Carlos Batista, no dia 24 de Maio de 2005, se dirigiu à Habévora E.M. relatando a situação que viviam. De imediato, os técnicos de acção social da Habévora E.M. contataram a Caritas de forma a conseguir alimentação para esta família. Foi ainda contatada a senhoria da casa onde viviam para que fosse possível, até ao final do mês de maio, Carlos Batista e a sua família continuassem a dormir em casa.
UMA CASA …UMA FAMÍLIA FELIZ
A Da. Graciete Maria Monteiro Saboga vivia, há muitos anos, com a sua família composta pelo seu marido João Elso Cardoso Caro, e os seus filhos, Rafael Saboga de 7 anos e Maria Madalena Caro de 1 ano, numa casa arrendada
A Sra.D. Graciete Maria Monteiro Saboga vivia, há muitos anos, com a sua família composta pelo seu marido João Elso Cardoso Caro, e os seus filhos, Rafael Saboga de 7 anos e Maria Madalena Caro de 1 ano, numa casa arrendada.
Esta família vivia sem as condições mínimas de habitabilidade. A casa onde habitavam possuía apenas três divisões, com áreas muito pequenas, que apresentavam um elevado grau de degradação.
A construção da habitação era bastante antiga e muitas vezes o chão cedia e estremecia devido à sua deterioração e antiguidade.
A habitação não tinha casa de banho mas apenas uma fossa para onde os moradores faziam as suas necessidades fisiológicas. A higiene pessoal desta família era efectuada em alguidares uma vez que não existia banheira nem lavatório. Em toda a casa existia apenas uma torneira que foi colocada pelo marido da Sra. D. Graciete e que servia todas as necessidades da família. Para além disso, não tinham esquentador nem ligações de gás, pelo que para obterem água quente tinham que a aquecer no fogão.
As divisões da casa eram ridiculamente pequenas não permitindo mesmo a instalação de uma cama normal no quarto. Neste quarto dormiam a Sra. D. Graciete, o marido e a sua filha de 1 ano, todos na mesma cama que ocupava totalmente aquela divisão.
O Rafael, de 7 anos, dormia num divã na sala, mas todos os dias quando se queria deitar tinha que desviar os móveis do sítio porque a sala era pequena demais para os dois.
Apesar da degradação e da falta de saneamento básico da casa onde viviam, esta família pagava uma renda mensal de 75 Euros.
Face a todas estas dificuldades, esta família procurou a Habévora E. M. na esperança que esta pudesse melhorar as suas condições de vida e as dos seus filhos. A Habévora E.M. efetuou várias visitas à habitação e verificou as condições sub humanas em que esta família vivia e que a sua permanência naquele fogo colocava em risco a segurança de todos os que nela habitavam.
Em 7 de Julho de 2005, a Habévora E.M. atribuiu a esta família uma casa, situada no Bairro da Cruz da Picada Lote 39 3º Esq., composta por três quartos, uma sala, uma casa de banho e uma cozinha. Finalmente, o Rafael teve um quarto onde dormir.
O HOMEM QUE VIVIA NUM MINI
Em Dezembro de 2004, a Habévora E.M. procedeu à primeira cerimónia de atribuição de fogos de habitação social a várias famílias carenciadas. No entanto, existe um caso de que nos orgulhamos e que constitui uma história de sucesso com um final
Em Dezembro de 2004, a Habévora E.M. procedeu à primeira cerimónia de atribuição de fogos de habitação social a várias famílias carenciadas. No entanto, existe um caso de que nos orgulhamos e que constitui uma história de sucesso com um final feliz.
Muitas vezes pensamos que dificilmente existem pessoas a viver nas condições em que vivia o Sr. Francisco Gregório da Silva, mas a verdade é que este munícipe viveu muito tempo em condições sub humanas dentro de um automóvel.
O Sr. Francisco Silva de 58 anos, era casado e vivia com a mulher e os filhos em Barcarena, perto de Sintra. Em consequência de vários desentendimentos familiares, o Sr. Francisco separou-se da mulher e veio para Évora trabalhar como condutor de máquinas agrícolas, na Quinta da Biscaia.
Desde então que vivia sozinho dentro do seu carro velho, um mini, estacionado num alpendre da Quinta onde trabalhava. Durante vários meses viveu sem nenhumas condições, fazendo todo o seu quotidiano diário dentro de um carro, sem casa de banho, sem cozinha, sem uma cama para dormir.
O carro encontrava-se estacionado junto à cerca dos porcos e à capoeira das galinhas. No alpendre tinha apenas um fogão, junto de todos aqueles animais, onde confecionava a sua comida.
O Sr. Francisco Silva é diabético e a sua saúde agravou-se devido às péssimas condições em que vivia, pois além de estar exposto ao frio e ao calor e de não ter o conforto de uma cama para se deitar, estava rodeado de animais e vulnerável a todo o tipo de parasitas.
Devido ao agravamento dos seus problemas renais que decorrem da doença de diabetes, o Sr. Francisco Silva faz frequentemente hemodiálise. Todos os cuidados que esta doença obriga não eram cumpridos devido à falta de condições em que o Sr. Francisco vivia, sendo mesmo forçado a guardar os seus medicamentos (insulina) no porta-luvas do automóvel e fazer as suas necessidades para dentro de um garrafão.
Pelo facto de viver nestas condições sub humanas o munícipe recorreu aos serviços da Habévora E.M. e de imediato os técnicos de ação social desta empresa resolveram a sua situação habitacional, tendo-lhe sido atribuída uma casa no Centro Histórico.
O Sr. Francisco não tem qualquer familiar em Évora e os seus filhos abandonaram-no mas agora vive numa habitação digna de um ser humano e fez da Habévora E.M. a sua nova família.
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